Apenas 24% dos brasileiros falam inglês
SÃO PAULO, 12 de agosto de 2009 - Atualmente é difícil ler um anúncio de emprego, principalmente voltado aos profissionais de nível superior, que não requisite fluência ou, pelo menos, o conhecimento da língua inglesa. No entanto, a pesquisa "A Contratação, Demissão e Carreira dos Executivos Brasileiros", que a Catho Online realizou entre março e abril deste ano com mais de 16 mil entrevistados, constata que a grande maioria ainda não domina o idioma. Somente 24,5% dos brasileiros falam fluentemente o inglês, com alguns erros, ou falam e escrevem corretamente. Em 2007, a soma desses dois fatores era ainda menor, 22,4%.
A pesquisa mostra ainda que, quanto maior o nível do cargo, maior o conhecimento do idioma. Além disso, a porcentagem de profissionais com proficiência na língua aumenta em multinacionais: 13,6% deles falam e escrevem corretamente, enquanto apenas 5,5% dos profissionais de empresas nacionais possuem essa facilidade. Outra tendência que se mantém nos últimos anos é a segunda língua mais procurada pelos profissionais, que continua sendo o espanhol.
Para Adriano Meirinho, diretor de marketing da Catho Online, a língua inglesa tem sido quase essencial na maioria dos processos seletivos. "Vivemos num mundo globalizado e cada vez mais as empresas têm procurado profissionais com fluência no idioma. Atualmente é comum lidarmos com vários clientes e fornecedores em todo o mundo, por isso vemos o aumento indicado na pesquisa de profissionais que já têm a proficiência na língua. Sinal de que estão se aprimorando e estudando cada vez mais", afirma Meirinho.
Saber o inglês e até dominar um terceiro idioma, no entanto, não é o fator de maior relevância na hora da contratação. A pesquisa traçou uma escala de importância média dos fatores considerados no processo de seleção (de 1 a 17, sendo 1 o mais importante e 17 o menos importante) e, neste ano, a fluência em outro idioma aparece em 15º lugar. Na análise anterior, em 2007, a importância era maior.
Embora a fluência em outro idioma seja muito importante, ainda prevalecem as características e habilidades comportamentais na hora de conquistar o tão almejado e sonhado emprego. Pois, "para os recrutadores e gestores, conhecimento técnico é fácil de ministrar posteriormente, como a fluência em línguas. Já relacionar-se bem com os outros, ou os resultados alcançados anteriormente, dentre outros quesitos, não se ensina. Ou o profissional tem ou não tem", declara Adriano Meirinho.
A pesquisa sobre Contratação, Demissão e Carreira dos Executivos Brasileiros foi realizada entre os meses de março e abril deste ano. A análise contou com a opinião de 16.207 participantes, que responderam a um formulário online com 299 perguntas, questionando sobre estas três dimensões da vida do profissional. Foram levadas em consideração apenas as respostas de profissionais que trabalham em empresas privadas e que possuem mais de 18 anos de idade.
Fonte: (JB-Jornal do Brasil 12/08/2009 às 10h11- Atualizada em 25/10/2011 às 00h04)
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